João Carvalho
Após doze anos de dedicação à classe bancária e com as recentes eleições, é uma honra poder dizer que o objetivo foi cumprido em consciência, dando sempre o melhor que pude e soube. Portanto, satisfeito.
Foi uma honra integrar e servir, como representante dos Trabalhadores do Banco de Portugal e de outros que votaram em todas as eleições passadas, uma Lista que sempre se revelou vencedora. Como Tesoureiro e como Vice-Presidente, desempenhando a missão com isenção, solidariedade, transparência e rigor, sempre solidário, nas decisões mais fáceis e nas mais difíceis. Procurando também não esquecer a minha origem e, permitam-me que diga, humildade. Deixo amigos – sócios, beneficiários e trabalhadores –, não esquecendo as equipas de gestão, quer do Sindicato quer do SAMS. Estes são os homens e as mulheres que, diariamente, servem os bancários e engrandecem o nosso SAMS.
Apesar de alguns pregadores da desgraça, nunca atirámos a toalha ao chão e, por vezes, exigimos a discussão dos assuntos, o aprofundando dos temas, tendo sempre como horizonte a busca da melhor solução. Defendemos o contraditório, o pluralismo e o engrandecimento do SAMS, entidade da qual dependem centenas de famílias. As eleições sucedem-se de quatro em quatro anos: os dirigentes saem e os trabalhadores ficam, a Instituição Sindicato/SAMS fica e cresce.
Não posso esconder alguma mágoa pela atitude de alguns colegas, ex-dirigentes, que se prestaram a caluniar e difamar, chegando ao limite de ferir a honestidade e o bom nome de alguns colegas da Direção cessante. Este tipo de comportamentos não enaltece as pessoas nem as instituições como a nossa. Até houve Sindicatos que no dia das eleições promoveram manifestações à porta do SAMS. Mas os sócios não se deixaram enganar – nem nunca deixarão –, trocando o certo pelo incerto.
Honorabilidade e espírito de servir não é para todos.
Colegas Bancários, deixo uma palavra de esperança, mas, também, de alerta de consciência: a sustentabilidade do nosso SAMS, como já escrevi várias vezes, depende de serem encontradas formas de financiamento, pois todos sabemos que, enquanto os custos com a saúde cresceram nos últimos tempos, em todo o lado, cerca de 30%, as contribuições para o SAMS não cresceram ao mesmo ritmo e as comparticipações, a cada ano que passa, são de maior valor. Os bancários cada vez são menos e estão mais envelhecidos, daí os cuidados de saúde serem cada vez mais necessários.
Uma palavra de fé: tem valido a pena lutar, para que os bancários, reformados e pensionistas, possam receber o que é seu de direito. O Decreto-Lei que irá regulamentar a prestação extraordinária está para ser publicado em breve, finalmente.
Com a inflação atingida de 7,8% e o Governo a aumentar 1% à massa salarial de 5,1%, alguns bancos responderam aos Sindicatos com 2,5% de aumento salarial e vêm agora, individualmente e à margem da mesa negocial, oferecer 4% fora da tabela salarial. Não nos esquecemos que os Bancos receberam do BCE mais do que o que pagam nos depósitos dos seus depositantes, mostrando assim uma falta de respeito pelos Bancários e pelos Portugueses.
Não cesso a minha atividade no Sindicato zangado com ninguém. Fui e serei sempre responsável
pelos meus atos e corresponsável na gestão.
Uma palavra de agradecimento aos Trabalhadores do Sindicato/SAMS, pelo seu elevado grau de prontidão e disponibilidade, sendo credores do que hoje é o Maior Sindicato Português.
BEM HAJAM POR TUDO.