Apesar da
evolução das instituições de crédito subscritoras do ACT do Setor Bancário,
MAIS, SBC e SBN consideram a proposta de aumento salarial insuficiente.
A quarta
ronda negocial do processo de revisão do ACT do Setor Bancário entre os
Sindicatos da UGT e as instituições de crédito realizou-se dia 23 de maio,
depois de na anterior, a 28 de fevereiro, se ter registado um impasse perante a
irredutibilidade das IC em evoluírem na sua proposta de 3% de aumento salarial.
Tal comportamento foi repudiado imediatamente pelos sindicatos.
Nesta quarta
reunião, as IC transmitiram aos sindicatos o seu consenso na reformulação da
proposta, adiantando estarem disponíveis para acordar um aumento de 4% nas
tabelas e em todas as cláusulas de expressão pecuniária.
Mas,
apesar da evolução registada, mais uma vez os Sindicatos responderam NÃO.
NÃO…
porque têm como referencial a taxa de inflação de 2022, que se fixou em 7,8%;
NÃO… porque
no processo de revisão de 2022 houve um compromisso das IC de compensar o facto
de a atualização salarial ter sido de 1,1% para uma inflação de 1,3% em 2021;
NÃO… ainda
mais porque os resultados que os Bancos têm vindo a comunicar são fabulosamente
bons … e ainda bem que assim é …, mas não pode ser só para alguns: chegou a
hora de restituir aos bancários o que lhes tem sido negado, ou seja, a compensação
do poder de compra perdido.
Por tudo
isto e muitos outros fatores tantas vezes repetidos, os Sindicatos recusaram a
proposta, confiantes de que na próxima reunião os Bancos apresentem uma
percentagem de aumento que seja justa, merecedora e digna para os seus trabalhadores.