Os
maiores Bancos em Portugal em 2022 aumentaram os lucros em quase 70% – à custa
dos clientes e, sobretudo, dos trabalhadores. MAIS, SBC e SBN não aceitam o
desprezo com que os bancários são tratados e exigem aumentos salariais dignos,
ao invés de esmolas.
A banca a
operar em Portugal lucrou, em média, sete milhões de euros por dia, ou seja, em
2022 os seis maiores bancos totalizaram 2578,6 milhões de euros, mais 1060,8
milhões do que em 2021 – que já foi um ano com excelentes resultados –, o que
corresponde a uma subida de 69,8%.
Enquanto
isso, os clientes viram as taxas de juro aumentar (ao contrário do rendimento
do seu dinheiro), as comissões subirem, os serviços degradarem-se com balcões
encerrados e filas de atendimento de horas nos restantes.
E, por sua
vez, quem produz estes resultados não tem direito a melhorar a vida e ser
dignamente recompensado.
O Porquinho
mealheiro ilustra bem a excelente performance do setor bancário e o seu
comportamento na sociedade.
Sindicatos
rejeitam
Para o MAIS,
o SBC e o SBN os argumentos da Banca são somente desculpas infundadas: os
resultados estão aí e demonstram o trabalho dos bancários. Mas compensação do
esforço não há.
Responder
aos Sindicatos com propostas de 2,5% ou, fora das negociações e sem incluir os
reformados antecipar aumentos de 4% que não contam para a evolução salarial, mais
não é do que uma esmola.
A
desconsideração total pela dedicação diária de todos os que ao longo de um ano abdicaram
da vida privada e familiar e suportaram condições de trabalho degradantes
devido ao número cada vez mais reduzido de trabalhadores – sim, os bancos têm
dispensado milhares de bancários – só pode ser classificado como desprezo e
escravatura. Não é, certamente, o trabalho digno que tantos apregoam.
Os bancários
merecem partilhar dos momentos bons, já que são os primeiros a sofrer nos
momentos maus. MAIS, SBC e SBN tudo farão para que os seus sócios tenham a
justa compensação.